Colecção de postais antigos do Arquipélago da Madeira.







Sendo uma planta muito conotada com as ilhas dos Açores, as hortênsias existem também em abundância na ilha da Madeira. No entanto, esta afirmação faz mais sentido recuando cerca de 70 anos, já que nos dias de hoje não se vêm tantos destes exemplares, especialmente junto às estradas e levadas. 

Anos atrás, as autoridades florestais regionais procederam a um corte em massa destas plantas por acharem que poderiam ser invasoras, ou que não faziam sentido estarem enquadradas em cenários de vegetação indígena, julgo. As enormes filas de hortênsias, ou de "novelos" que é como também se chamam cá, junto com as "Coroas de Henrique" eram de facto imagem de marca que davam um colorido constante a quem se aventurava pelas estradas.

Ainda assim, são plantas que se podem ver actualmente em muitos sítios, especialmente em zonas florestais não protegidas ou em jardins privados, já que mantêm as suas flores durante muitos meses e não necessitam de grandes cuidados.

A Levada das Queimadas situa-se junto à casa das Queimadas e Levada do Caldeirão Verde, em Santana, na costa norte da ilha e merecem sem dúvida uma visita. A água é abundante também nesta zona, e por isso, os madeirenses criaram estes canais para trazer estas águas desde o interior até às zonas costeiras.


Inscrições:Levada das Queimadas - Madeira Foto FigueirasRef:0048Entr:07 2018
Editor:Foto Figueiras-Tipo:Foto P/B.
Dimensões:8,8 cm x 13,9 cmCirc:-Cond:4
Costas:Costas em branco. Sem inscrições.
Notas:-
Sé, Cathedral, Funchal, Madeira, Igreja, Church, Antigo, Velho, Postal, ilustrado

A pedra que compõe a torre da Sé do Funchal continua a ser vermelha e disposta do mesmo modo. A cobertura do pináculo mantém o tom verde azulado. As paredes são ainda caiadas de branco e o relógio continua a dar as suas voltas sem sair do lugar. Um século depois deste postal ser emitido, nada mudou. E ainda bem.

A excepção são mesmo as palmeiras que já não existem. No seu lugar não foram plantadas outras porque é provável que as suas raizes comprometam a conservação do edifício.

Símbolo maior da cidade, esta torre, apesar de não ser das edificações mais altas, é visível de quase todo o anfiteatro do Funchal. Encontrar um cartão postal antigo onde não se vislumbre diferenças com o passar dos tempos não demonstra falta de evolução da sociedade, mas sim o seu contrário, pois nota-se claramente o cuidado na sua preservação com o passar das décadas. É um tesouro que, apesar de ser símbolo da Igreja, pertence a todos nós.

A criação de obras que respeitem os padrões estéticos mais básicos inerentes ao ser humano e o uso de elementos naturais tais como a pedra são intemporais. Não víssemos o tipo de impressão e tratamento gráfico dado a este postal ilustrado e não saberíamos a sua idade.

Na costas do mesmo, mau tempo no mar alto:

/// Funchal 26-1-922 
A bordo chegou-se mesmo a passar cabos para as pessoas andarem. Na ponte só agarrados é que se podia estar. O navio sobe amanhã à 1h da tarde.
Deste que nunca te esquece
Alex. ///

Ironia: este senhor teve uma experiência cheia de altos e baixos nos mares da ilha (que iremos para sempre recordar) e envia um postal onde se pode ver um céu limpo. Esperemos que a viagem de volta aos braços da sua amada tenha sido em tons de azul e rosa.

Correspondência, navio, Funchal, Correios, Sé, mau tempo, marÉ ainda a 30 de Março deste ano de 1922 que Gago Coutinho e Sacadura Cabral, intrépidos comandantes da Aviação Naval Portuguesa, fazem a primeira travessia aérea do Atlântico Sul ligando Lisboa ao Rio de Janeiro. Para pena de todos os ilhéus, não fizeram escala na ilha,

Isso não aconteceu porque, pelo menos um ano antes, já faziam eles as primeiras viagens experimentais de hidroavião entre o Continente e a Madeira. Repetir a viagem seria isso mesmo, uma repetição, algo pouco digno de quem se queria tornar herói.

Fez bem então, Sr. Alex em vir de navio. Este tipo de hidroavião só tinha lugar para os tripulantes e as ondas no mar desse Janeiro mudariam por certo as palavras que escreveria nos seus postais.


Inscrições:Madeira-Funchal. Tour de la Cathédrale.Ref:0122Entr:02 2019
Editor:Bazar do PovoB.P. 144Tipo:Policr.
Dimensões:8,8 cm x 13,4 cmCirc:26 Jan 1922Cond:3
Costas:Union Postale Universelle. Madeira. Carte Postale. B.P. 144 Registre 
Notas:Corte frontal curto no topo.
Ribeira, Santa Luzia, Funchal, Rua 31 de Janeiro, Rua 5 de Outubro, Postal, Madeira, Antigo, Vintage, Foto
















Um postal, por mais banal que pareça tem sempre algo a contar. Neste caso, e à primeira vista, trata-se de uma simples imagem da Ribeira de Santa Luzia no Funchal.

Onde há uma montanha, e a ilha tem-nas aos montes, há uma ribeira. Para quem é da Madeira, uma chuva intensa, alguma derrocada ou outra situação anormal são dos poucos casos que justificam um olhar mais atento a estes canais. O que justifica então a criação deste cartão postal?

Do lado direito está a Rua 31 de Janeiro, no outro a Rua 5 de Outubro. As palavras "António" e "Confeitaria" pintadas num edifício denunciam que estamos junto à Fábrica Santo António, casa que traz um aroma especial a esta área há 126 anos. Em plena baixa da cidade, algures entre a Ponte da Nau Sem Rumo e a Ponte do Bettencourt.

As frondosas árvores pouco deixam ver no lado esquerdo mas percebe-se que muitas construções não resistiram à passagem dos dias. Uma mulher está sentada sozinha no muro e a sua postura não supõe grandes alegrias.

Os plátanos na 31 de Janeiro já se foram. Os negócios com as suas típicas portadas abertas para fora convidam os bem vestidos transeuntes a entrar. Os negócios devem ter corrido bem já que os edifícios foram sendo substituídos por outros de maior dimensão. Há um carro de bois em plena rua e um dos animais olha-nos directamente. Ele diz-nos que irá olhar para e por nós, na eternidade.

Dentro da ribeira, num estranho convívio entre água e electricidade, passam provavelmente os cabos que serviam para alimentar os enormíssimos postes de iluminação que se observa ao fundo, junto de outras pontes, nenhuma delas sobreviventes.

Ao ampliar a imagem e olhando em pormenor, entendemos que de entre tanta gente que mal se vê, os reis da festa são os quatro miúdos de calções que estão dentro da ribeira. A tarde é de sol, e não há nada melhor que a água refrescante que corre. Estão todos virados para a câmera e a brincadeira ficou certamente em suspenso.

Entre a intriga e indagações sobre o que se estaria a passar, um deles diz a piadola da praxe: Sabiam que esta é a ribeira mais larga do mundo? São necessários cerca de 9 meses para atravessa-la! E isto por si só justifica a existência deste postal.


Inscrições:Perestrelos / Ribeira de Santa Luzia / MadeiraRef:0130Entr:02 2019
Editor:Perestrelos-Tipo:Sépia.
Dimensões:8,9 cm x 14,2 cmCirc:NãoCond:4
Costas:Em branco, com linhas.
Notas:Barra branca à esquerda. Postal não cortado à esquerda. Cortes irregulares.
Madeira, Rabaçal, Rabacal, 25 Fontes, Vinte e Cinco, Fountains, Levada, Vereda, Postcard, Vintage, Old, Cascata, Waterfall

Ir ao Rabaçal não é coisa difícil. Aliás, ir até às 25 Fontes é ter a certeza de cruzar-se com centenas de viandantes, que atraídos pelas suas belezas, fazem deste lugar um dos mais visitados da ilha da Madeira.

Complicado seria certamente fazer este percurso há 100 anos. As estradas, os meios de transporte, as informações e ferramentas de apoio não seriam os mesmos. Chegar às 25 Fontes seria ventura de gente meio louca, curiosa mas capaz e corajosa. Basta saber que ainda há muitos madeirenses, especialmente os de maior idade, que nunca fizeram este percurso por várias razões, e temos uma noção do que seria fazê-lo no então.

As cartolinas postais há muito que mostram paisagens e pessoas nelas inseridas mas este postal é diferente. Por razões óbvias não vemos senhores de cartola e meninas de sombrinha. Aqui usa-se boina e boné de comandante. Estes aventureiros têm bigode e casacos de inverno, bastão na mão e pose solene, algo autoritária (carregue na imagem para ampliar).

Quem seriam estes homens? Estariam ali em trabalho ou por simples descoberta? Porquê aquelas roupas? Terão feito a espetada da praxe?

Quem foi o fotógrafo, que carregou vereda abaixo todo o equipamento necessário para perpetuar esta imagem? Certamente outro aventureiro.

O enquadramento é previsível mas bem escolhido, há equilíbrio nos elementos, profundidade e drama quanto baste.

Se não soubéssemos que esta imagem foi feita na Madeira, podíamos inventar uma excursão pela selva da Amazónia ou pelo Congo acima e ninguém desconfiaria.

Ouve-se o barulho da água que cai e o chilrear dos pássaros. Juro.


Inscrições:
Madeira, Rabaçal 25 Fontes.
Ref:
0098
Entr:
01 2019
Editor:
Digma ?
s 5938.
Tipo:
Policr.
Dimensões:
8,7 cm x 13,7 cm
Circ:
Não
Cond:
4
Costas:
Em branco. Referência  s 5938.
Notas:
-




Não se pode afirmar que a rede de transporte tenha sido inventada na Madeira pois há relatos de artefactos similares usados na India e em África. Não se deve também dizer que teve uso exclusivo nesta ilha porque foi usada nos Açores e no Brasil. Foi, no entanto, neste arquipélago que teve o seu expoente máximo como meio de locomoção.

Isso deve-se sobretudo à orografia local, montanhosa e com muitos locais de difícil acesso, principalmente durante os primeiros séculos da colonização, e onde as únicas vias eram apenas alguns carreiros e veredas.

A rede foi usada inicialmente sobretudo para o transporte de pessoas enfermas, grávidas e anciãos no seu caminho para o posto mais próximo onde pudessem receber cuidados de saúde.

Ainda junto ao século XX começou a ser usada para o transporte de turistas e senhores de classe alta. Deste novo uso, surgiu a necessidade de melhorar as condições oferecidas a estes novos clientes, dando origem assim às chamadas “redes de luxo”. Estas, diferentes da tradicionais, tinham um toldo, cortinas, um cobertor e uma espécie de almofada. É o caso da rede que se pode observar neste postal ilustrado.

A senhora da imagem leva ainda consigo uma sombrinha e um chapéu de palha, não fosse o sol queimar-lhe a pele alva. Apesar da mordomia, não parece estar muito bem disposta. Adiante, deve estar aborrecida.

Aos homens que a carregam, carregam também o meu respeito. Um semblante tranquilo, costas direitas, pernas hirtas, calças e camisa imaculadas, chapéu de palha no sítio e ainda o bordão na mão para dar uma malha a quem escolhia fazer-se carregar desta forma sem necessitar.

Era uma prática primitiva, usada em tempos difíceis, e que naturalmente foi caindo em desuso. Mas que a memória não se desvaneça.


Inscrições:Madeira. Rêde.Ref:0002Entr:01 2019
Editor:Bazar do Povo159.Tipo:Policr.
Dimensões:8,9 cm x 14 cmCirc:NãoCond:3
Costas:Em branco. Union Postale Universelle. Carte Postale. LUSS. B.P. 159 Registado
Notas:Texto da frente a branco


Postal repetido e disponível para troca:

 

Nazaré, Barreiros, Funchal, Virtudes, Madeira, Baía, Savoy, Marítimo, postal, antigo, antiga,




O pinheiro em primeiro plano é elegante, mas o protagonista deste postal é o campo de futebol. Quanto ao restante cenário, já lá vamos. 

Estamos a falar de não menos do que o recinto de jogo do "maior das ilhas": o Club Sport Marítimo. (Deve-se dizer, em defesa dos adeptos de outros clubes que, enquanto o Marítimo usar este apodo, não chegará a lugar nenhum... Quem quer ser grande não pode querer ser apenas o maior da aldeia).

Começaram no Almirante Reis e logo passaram para os Barreiros naquela que seria considerada à altura, a periferia da cidade e onde se encontram até hoje. Para isso foi necessário reclamar à força um pedaço de terreno à encosta. 

- Vizinho, isto vai ficar igual ao campo lá em baixo junto à praia, vai ser aplanado daqui até ali, acolá naquela ponta e lá, além. Vai ser preciso fazer umas riscas brancas no chão e pôr uma espécie de galinheiro com 7 metros de largo mas sem as portas, aqui e na outra banda. Depois, é só pôr uma dúzia de cadeiras abrigadas do sol para os senhores de cartola e já está! Veja, e não vai ser para plantar nada! 

Desde o pelado até ao interessante estádio actual passaram muitos anos e outros confortos foram adicionados. Quem os vê agora, facilmente ignora o que está para trás, esquece-se que o que se vê na foto do bilhete postal ainda se vê a preto e branco. 

Do resto, a versão original do Hotel Savoy com as suas duas torres, que muito contrasta com o que está ser construído, o Conservatório que nesta altura seria o Hotel Nova Avenida, muitos terrenos com bananeiras, (que apesar de parecer ser um luxo estarem praticamente no centro da cidade, muitos ainda persistem), as poucas casas em São Gonçalo, a baía naturalmente diferente, os três vapores com a proa virada para a cidade e o facto de não existirem ainda outros edifícios de realce como por exemplo o Casino Park Hotel. 

Evidências à parte, o que se deve perguntar é, será que quem rematasse a bola com força e para fora do dito galinheiro, teria o castigo de ter de a ir buscar às bananeiras? 

E estaria o dono destes terrenos escondido à espera que as bolas ali fossem bater, para, e com um golpe certeiro de foice as golpear até lhes tirar o oxigénio? - Vieram meter o diabo do jogo da bola à minha porta... Afinal de contas até tem razão, um cacho de bananas com as pencas esmagadas só às galinhas e porcos interessam.

Inscrições:Vista da Nazaré - Funchal - Madeira. Foto PerestrellosRef:0020Entr:02 2017
Editor:Foto-Perestrellos-Tipo:P/B.
Dimensões:9 cm x 13,9 cmCirc:NãoCond:3
Costas:Gevaert. Impressão invertida.
Notas:Foto com manchas de revelação.

Vapores, Porto, Molhe, Pontinha, Turistas, Cais do Funchal antigo. Postal, desembarque, Madeira
É um cais pequeno mas de enorme importância. Nele, indistintas personagens amontoam-se para desembarcar ou então fazerem-se de novo ao mar num dos muitos vapores que abordam a cidade.

À indiferença das crianças juntam-se os negociantes, os curiosos do costume e as senhoras e senhores que ali encontram poiso para a conversa. Chapéus e mais chapéus, muita gente com algo à cabeça, mulheres de saia comprida e homens de bordão na mão.

O céu está carregado de núvens mas não se antevê borrasca. Uma lua imensa é o centro das atenções mas não se pode confiar no que se vê.

Postais antigos madeira, costas, colecção
A clareza com que se define o mar, as pessoas, os barcos, os bancos e outros detalhes diz-nos que este postal nasceu de uma foto tirada durante o dia. Ao ser produzido, o ardiloso artista coloriu tudo à sua maneira e deu-nos este cenário nocturno. Fica no entanto um postal diferente e deveras interessante, numa altura em que uma fotografia tirada com sucesso a objectos longínquos e pouco iluminados seria algo pouco provável.

As poucas cores, que tão bem contrastam, os diversos planos que compõe a imagem e a coragem do artista faz com que esta pitoresca imagem do Funchal seja ainda mais fascinante.

Agora, este cais está maior e mais protegido das grandes ondas, mas nele pouca gente já desembarca. Hoje não entram nem saem por aqui os turistas bem como as mercadorias que davam mais vida à vida na ilha.

A sua função e destaque perdeu-se no tempo mas a sua beleza e importância histórica permanecem.


Inscrições:
11. Madeira - Harbour of Funchal 
Ref:
0004
Entr:
01 2017
Editor:
?
11.
Tipo:
Policr.
Dimensões:
9,2 cm x 14 cm
Circ:
Não
Cond:
3
Costas:
Em branco. Union Postale Universelle. Carte Postale. Bilhete Postal. Impressão torta.
Notas:
Corte superior irregular.
Castanheiro, Ribeira Brava, Madeira, Antiga, Árvore, Postal, Cartolina, postais


Este portentoso monumento que se vê aqui sem legendas é um castanheiro! E é provável que seja uma das mais famosas árvores alguma vez existentes na Madeira, mas também uma das mais ignoradas.

Hoje já não é mais que uma memória, mas a sua existência serviu de pretexto para muitas visitas e romarias ao Campanário. Tantas que por sinal motivou o surgimento de postais como este.

A História dos castanheiros na ilha é muito mais antiga do que a que se possa supor, pois, e segundo um artigo publicado na Revista “Girão” do primeiro semestre de 2007, há alusões à plantação de castanheiros desde pelo menos o século XVI.

Refere-se ainda que a sua função primordial era a de providenciar o seu fruto como alimento, a sua madeira para a construção, as suas raízes como apoio à retenção de terras, bem como de servir de balseira no sustentáculo dos vinhedos, ou seja, era plantada junto às vinhas, para que as videiras pudessem crescer, subindo a árvore. Evitava-se assim a necessidade de colocação de estacaria.

A enorme base do tronco com a sua mancha branca indica a sua fase final de vida. Os nervos da base já adaptados à moldura da porta denunciam que esta teria já sido colocada há muito.

A árvore está doente e esta intervenção deixou as suas marcas mas, a julgar pelo perímetro do tronco da mesma, a causa principal disto é a sua simples velhice.

Apenas observando algumas imagens antigas em que há pessoas colocadas junto a este castanheiro vemos a real dimensão do mesmo. Oito homens de mão dada poderiam não chegar para dar uma volta completa.

Ainda há alguns ramos com folhagem mas não é de crer que ainda fosse capaz de produzir frutos. Alguns cortes a direito são sinal de que outrora fora podada e cuidada. Agora, não passa de uma lembrança de um velho castanheiro de cabelos grisalhos e de braços secos sem função. Um ramo partido em forma de cotovelo parece denunciar o caso sem remédio, e apesar da sua aparente rigidez, já se encontra a descansar no chão.


Inscrições:40. Madeira - Tree with HabitationRef:0034Entr:04 2018
Editor:?40.Tipo:Policr.
Dimensões:9,4 cm x 14,3 cmCirc:NãoCond:3
Costas:Em branco. Union Postale Universelle. Carte Postale. Bilhete Postal. 
Notas:Mau corte frontal.